Nossa História

No ano de 1988 um grupo de pais começou a sentir de perto os transtornos causados pelas drogas e estavam vivenciando dramas intensos. A demanda das drogas estava alta no município de Vila Velha (ES) e um grupo de profissionais médicos, psicólogos, assistentes sociais, advogados, funcionários públicos federal, pedagogos e etc, preocupados com a situação crescente, tendo experiências pessoais e profissional na área resolveu reagir.

Apoiados pela Primeira Igreja Presbiteriana em Vila Velha, este grupo organizou-se no sentido de fazer frente a essa situação, surgindo então a proposta de criar uma associação específica para enfrentar este desafio.

A partir de fevereiro o grupo começou a reunir-se para discutir objetivos e traçar metas, elaborando dessa forma o estatuto e tomando todas as providências legais para sua funcionalidade. Em 24 de novembro do mesmo ano, teve seu estatuto devidamente registrado em cartório, tomando a forma jurídica, sendo eleita a sua primeira diretoria efetiva com mandato de 2 anos.

O consumo de drogas pelos jovens e adolescentes são responsáveis por grande numero de homicídios, assalto a mão armada, estupros, conduta de risco no trânsito, aumentando drasticamente a estatística das mortes nas estradas, sem falar na transmissão do vírus da AIDS e da hepatite pelo uso de agulha hipodérmica pelo usuário de drogas. Pensando e analisando todas as veracidades a cima é que a APADD foi fundada.

Todos nós merecemos uma chance e chega o período em que pedimos esta chance, mas achar esta oportunidade é muito difícil, vivemos numa sociedade de preconceitos e a droga é uma dependência química que abala o sistema nervoso e principalmente psicológico, deixando quase impossível a recuperação. A APAAD foi fundada com um Núcleo de Terapia Familiar, esse núcleo foi construído para melhor atender aos dependentes. Nada vale ajudar o dependente e ele continuar sem estrutura, isso somente ira acalma-lo por um tempo, mas quando tratamos os familiares deste dependente químico, damos a ele uma nova chance de vida. Aqui na APADD a família interage com o tratamento possibilitando uma compreensão e um acolhimento a este dependente, em vez de rejeição a família da o suporte para esta mudança. A dependência química é nada a menos que a ausência de algo na vida do ser humano e aqui na APADD as pessoas podem encontrar este algo a mais que lhe faltam, com uma assistência psicologia e psiquiátrica é possível fazer uma terapia total para a mente e com uma terapia espiritual somos capazes de dar uma visão para este ser que se encontra com a alma aflita, temos também a assistência social que visa á reconstituição e inclusão do dependente a sociedade.

A APADD não é um centro de internação, trabalha com atendimentos semanais que podem ser de 3 a 4 por semana, o dependente tem que estar ciente de sua dependência e desejar o tratamento, sem a força de vontade do mesmo nada é possível. O atendimento é feito com hora marcada (com exceção de emergências). É encaminhado para a assistência social que passara por sua vez ao profissional que se adequa ao caso, sendo simplesmente terapia ou ambulatorial.

O sustento da APADD é mantido através de doações físicas e jurídicas, também conta com a ajuda da AABS (Associação Adyr Barcelos Scal) que promove um centro de telemarketing, que faz captação de doações das comunidades, a que se encontra o projeto e as vizinhas, com o auxilio de motoboys que vão ate a casa do doador recolher a doação. No telemarketing é usado em sua maioria, trabalhadoras do projeto Apenado, projeto este que é uma segunda chance para mulheres que cometeram algum delito e estão pagando sua pena.

A APADD visa uma melhoria de vida consistente, algo que não poderá ser perdido. Quando se interna um dependente você o deixa impossibilitado de usar a droga, mas isso não quer dizer que ele deixa de ser um dependente, mas quando o auxiliamos, sem forçar essa ruptura dele com a droga, aumentamos nele a resistência contra a dependência, damos estimulo a vontade que o mesmo tem de viver novamente uma vida sadia e ponderosa.

Também fazemos um trabalho de prevenção com palestras para adolescentes e jovens, aumentando as informações hoje descritas pela sociedade sobre a dependência química. Dando clareza de como a dependência é gerada rapidamente e como influência no modo de vida vindo a perpetuar um afastamento da sociedade.

Pesquisa com dados de 2012 mostra crescimento do uso, sobretudo entre as meninas, O IBEGE constatou que ao todo chegou a 9,9% a proporção de adolescentes que vivem nas capitais que já experimentaram drogas ilícitas, o que equivale a pouco mais de 312 mil jovens. Em 2009, quando foi feita a primeira pesquisa desse tipo, o porcentual foi de 8,7%. A droga se apossou da juventude, as pesquisas refletem um grande índice de consumo de droga ilícita principalmente o crack, mas não esquecendo também de drogas lícitas como o álcool, os números mais recentes mostram que aumentou a proporção de jovens que já ficaram bêbados, de 22,1% para 24,3%. Chama a atenção o fato de que, apesar da pouca idade e da proibição de venda para menores de 18 anos, 16,6% dos adolescentes disseram ter comprado bebidas em estabelecimentos comerciais. O maior acesso dos jovens ao álcool é em festas (36%) e com amigos (20,9%). Tiveram acesso à bebida na própria casa 9,1% dos adolescentes. Somente este ano mais de 36 mil jovens entre 15 e 29 anos morreram por causa da droga direta ou indiretamente, o que é um número bem elevado vendo que á milhares de casas de internação e projetos de prevenção no Brasil.

O assunto deve ser abordado com cautela, projetando a conscientização de que a droga pode causar a dependência no primeiro uso, o qual muitas vezes ocorre por curiosidade. Devemos ter cautela também em como abordar a questão do dependente que necessita de ajuda, o mesmo deve ter ciência de que necessita de ajuda e deve desejar o auxilio para a ruptura da dependência. E nesse desejo se encontra o trabalho da APADD.

Um trabalho consciente e que abrangem todas as necessidades do dependente, dando estrutura para que a família saiba como lidar com o dependente e dando ao dependente conscientização e força de vontade para recomeçar tendo uma nova chance.

Para chegar ao objetivo final a APADD conta com uma equipe multidisciplinar que consiste em uma metodologia de atendimento que são:

Acolhimento: Proporcionando um momento único e importante que funciona como porte de entrada onde é recebido sem nenhum tipo de discriminação, ouvindo suas queixas e dando explicação sobre a forma da instituição.

Serviço Social: Elabora o histórico pessoal e familiar daquele que foi acolhido e da todos os passos necessários de assistência ao dependente.

Psicologia: Trabalha junto ao paciente a promoção de sua saúde mental, oferecendo-lhe espaço de escuta e acolhimento, oportunizando espaço para novas formas de relacionar se com a vida sem ás drogas.

Médico: Da assistência no campo da medicina (ambulatorial).

Grupo de vivência: Proporciona aos participantes um compartilhar de experiências, possibilita a expressão de sentimentos, visando um fortalecimento na adesão ao tratamento e sua manutenção.

E o mais importante;

Terapia familiar: proporciona a família um espaço de orientação para postura de parceria no tratamento e oportunidade de troca de experiências, a fim de fortalecer sua disposição de ajuda, dando suporte para que o mesmo ajude seu familiar e de a ele estrutura psicológica para adquirir força contra a necessidade da dependência.

Contudo a APADD promove espaços para trocas de informações e experiências, possibilitando o acesso ao conhecimento e a participação dos jovens na construção da melhoria de vida. Os jovens têm suas necessidades supridas com as assistências que lhe são fornecidas, também temos a intervenção que vem cada vez mais sendo usada, visando o alerta do crescimento e a propagação dos tipos de drogas lícitas e ilícitas que tem aumentado em quantidade a posterioridade da dependência.

A APADD visa uma melhoria de vida, com saúde física e mental. Também aprimora o dependente para que o mesmo possa encarar a vida, sem medos e ressentimentos.

A questão da internação só se da em último caso, pois a APADD, acha que um conjunto de atendimentos específicos ao dependente e principalmente a relação com sua família, que é uma peça importante, por ser a base e o pilar desta nova vida, deste novo recomeço, tem mais efeito que uma internação.

Pois a internação faz uma ruptura brusca do dependente e a droga, mas quando o dependente se vê novamente de frente com a droga o desejo de usa-la é sem controle, mas quando tratamos o dependente livre ele tem a escolha entre usar e não usar todos os dias, o que o fortalece contra a substância química.

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